Parece que foi ontem que “Te Ver” e “É Uma Partida de Futebol” embalavam os anos 90. Lá se vão duas décadas e, após 10 CDs lançados, muitas referências acrescentadas, amadurecimento pessoal e musical, os mineirinhos do Skank continuam na ativa. Para comemorar os 20 anos de carreira em grande estilo, a banda lançou recentemente o Skank 91, um álbum que compila gravações feitas durante o primeiro show do quarteto, realizado no dia 5 de junho de 1991, e alguns outros registros de estúdio, da mesma época.
Para falar sobre o lançamento do disco e os 20 anos de estrada, o tecladista, Henrique Portugal (na foto), conversou com o Reduto do Rock. Confira:
Reduto do Rock – Por que decidiram lançar Skank 91 neste momento em que a banda está completando 20 anos? Por que estas músicas ficaram “escondidas” por tanto tempo?
Henrique Portugal - Não existe um motivo especial ou um porque destas músicas terem ficado guardadas. A nossa sorte é que o Haroldo (baterista) guardou com muito carinho durante todos estes anos esse material.
RR – O que vocês pretendem mostrar aos fãs com o álbum?
HP - Mostrar como realmente foi o nosso início e o nosso primeiro show. Nestas gravações já dá para ter uma noção do que seria o Skank.
RR - De que maneira vocês avaliam este trabalho, com toda a experiência adquirida na carreira?
HP - Dá pra ver claramente que o trabalho ainda estava em desenvolvimento, mas sempre levamos muito a sério. O Skank, desde o início, sempre teve o foco em gravar o primeiro álbum. Estas gravações foram os primeiros testes de produção, ideias sendo desenvolvidas, que só se tornariam um disco um ano depois.
RR – Por trazer músicas compostas no início da carreira, acha que o CD agrada mais os fãs que acompanham o Skank desde o começo? E o que os fãs mais jovens estão achando deste lançamento?
HP - Este lançamento é mais para entender o nosso início. Os fãs mais antigos estão gostando, pois acompanharam o lançamento do primeiro álbum. Os fãs mais novos estão descobrindo o nosso início. A curiosidade é grande. Estamos adorando.
RR – Quais foram as maiores mudanças da banda desde o início até agora?
HP - Durante a carreira do Skank fomos acrescentando referências musicais que não estavam presentes no início. Acho que a grande mudança aconteceu a partir do álbum Maquinarama.
RR – Atualmente, a música, principalmente devido à internet, é muito efêmera. Tendo em vista este cenário, como o Skank conseguiu continuar na ativa nos últimos 20 anos e se manter atual?
HP - Não acho que a música mudou muito. Sempre tivemos músicas que tiveram um sucesso curto. O que acontece, hoje em dia, é que ficou muito fácil e barato gravar. Com isso, as pessoas gastam pouco tempo gravando e muito tempo divulgando um trabalho que ainda não está pronto.
Acabamos montando um estúdio profissional para que pudéssemos gravar com mais tranquilidade e disponibilidade de tempo. Para um artista, o que fica com o passar do tempo são as músicas. Elas precisam ficar bem registradas.
RR – O público vai poder conferir o Skank 91 ao vivo nos shows?
HP - Algumas músicas sim, mas não faremos uma tour especifica para este álbum.
RR – Após duas décadas de estrada, qual é o saldo obtido pela banda até aqui?
HP - O saldo é que sonhar é sempre bom e buscar realizar o sonho, melhor ainda. O Skank é a nossa realização como músicos e bons amigos que somos.
RR – Após o lançamento de Skank 91, vocês estão preparando alguma novidade? Têm planos para trabalhos futuros?
HP - Provavelmente lançaremos um trabalho com músicas inéditas no primeiro semestre do próximo ano.
RR – Os fãs podem contar com mais 20 anos de Skank?
HP - Quanto tempo eu não sei, mas com certeza ainda temos muito o que fazer juntos.
Por Lisiane de Assis e Diego Centurione
arrasou!!! sou nova, adoro o skank há bastante tempo e desejo mais 20,30 anos de carreira pra eles :)
[...] ao contrário de seu amigo Samuel Rosa, como você viu por aqui na segunda-feira. Dá uma olhadinha aqui para conferir a entrevista completa e saber mais sobre os nossos meninos de [...]