In Rainbows pode ter levado o Radiohead a colher vários elogios, mas quase foi responsável pelo fim da banda britânica, em 2007. O guitarrista Ed O’Brien revelou que, durante as gravações, chegou a debater-se o término da banda. No entanto, o sucesso do disco – lançado em esquema no qual fãs baixam o álbum e contribuem com o que quiser – foi definitivo para dissipar dúvidas.
“A gravação do álbum levou três anos. O que é um longo tempo para o padrão de qualquer um. Isso quase nos matou. Se a banda ia continuar ou não era uma questão”, disse O’Brien.
Em maio de 2009, soube-se que o empresário do grupo havia aconselhado a separação, devido ao “desgaste criativo” durante os ensaios. “O Radiohead é algo que só acontece uma vez a cada geração”, disse em 2009. “Mas você precisa ser honesto quando a coisa não está funcionando. É preciso ter paixão pelo seu trabalho.”
Agora, O’Brien reforça ” Nos rejuvenesceu completamente como banda. Fez o sumo criativo voltar a fluir. Você não consegue pôr um preço nisso. É esse o tipo de coisa que te faz continuar andando.”
Sétimo disco da carreira, In Rainbows foi a primeira aventura do Radiohead fora de uma grande gravadora (no caso, a EMI). Pela estratégia de lançamento, foi considerado divisor de águas, pelo menos no que concerne a adoção de uma banda já consagrada a táticas que repensam o combalido modelo de indústria fonográfica. Sobre essa indústria, aliás, O’Brien comentou: “É um modelo análogo de negócios numa era digital. O que você precisa fazer é liberar mais músicas, ter mais sites as vendendo, mais Spofitys [programa de música online]. Você precisa fazer com que [as faixas] fiquem ligeiramente mais baratas para competir com o peer-to-peer”.
Fonte: Rolling Stone Brasil
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